Os desfiles de abertura dessa 28ª edição da São Paulo Fashion Week teve muitas vertentes, convergindo, principalmente ao apelo fetichista, com silhuetas inspiradas em corpetes e lingerie. As passarelas internacionais já haviam disparado o gatilho no quesito sensualidade: Dolce & Gabbana levou seus corseletes para o verão de Milão, e as lingeries explícitas apareceram também na Dior, alguns meses antes.
Por aqui, dá para ressaltar de cara, o tema da Cavalera, Sexo, Moda e Rock´n roll, que abriu o dia numa ótimo desfile na Galeria do Rock, no centrão velho de São Paulo. A grife, que teve seu fundador, Igor Cavalera, na bateria ao vivo, trouxe peças roqueiras em essência, e os corseletes foram transformados em vestidos justos e curtos, revelando que, sim, sexo e rockn´roll andam juntos e ainda mais em tempos que o estilo punk rock, com suas roupas pretas garantem seu espaço nas passarelas.
Depois, veio Priscilla Darrolt, com peças feitas de tiras, como as usadas em cintos, entrelaçadas ou costuradas na vertical ou na horizontal, com ilhoses, afinando a silhueta e voltando à lembranças dos espartilhos. Decotes e trechos do corpo aparentes também estão lá, assim como os vestidos curtos. Fatal.
E por fim, o apelo fetichista de Alexandre Herchcovitch, em sua estreia no Brasil para Rosa Chá. Tops pontudos, hot pants e os justérrimos macacões inspirados em roupas de mergulhos vinham com aplicações de rendas pretas e transparências espalhadas pelas peças. Num jogo que esconde e revela, mas mostrando sobretudo o dedo de Herchcovitch na grife criada por Amir Slama.
Claro que peças assim são para quem tem atitude e corpo bom. E fica a velha pergunta, como usar os tais macacôes de Rosa Chá, ou os vestidos que fazem perde o ar de tão justos? Simples: não exagere e se olhe no espelho. Pegue a ideia e misture com peças mais normais. E pronto: está vestida para... sair.
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